quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Vinhos de presente no Natal

Falta uma semana para a noite de Natal, no dia 24 de dezembro. Você já conseguiu comprar todos os presentes? Lembrou-se de todo mundo? Os vinhos são sempre uma ótima opção!

Presentear com uma garrafa de vinho no Natal é elegante e de bom gosto. Ha alguns anos, os homens eram os privilegiados mais comuns desta iguaria. Hoje em dia, um grande número de mulheres também curte receber vinhos nesta data especial.

A Vinícola Costa Lazaridis oferece muitas opções. Passe em uma das delicatessens que vendem estes excelentes vinhos gregos, ou ligue para a gente e te entregamos em casa.  Depois, é só usar a sua criatividade para montar lindos kits de presente. Os vinhos que oferecemos são:

- Oenotria Land;

- Chateau Julia Chardonnay e Merlot;

- Amethystos Rouge, Blanc e Sauvignon Blanc.


 



Veja algumas ideias de apresentação do seu presente para agradar seus amigos e familiares:




E você ainda pode personalizar seu presente, com bolsas e embalagens feitas manualmente. Pode ter certeza que vai agradar - e muito!







quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dicionário do Vinho

O vinho é uma bebida que gera paixões. Algumas pessoas se especializam e passam a estudá-la, os enófilos ou enólogos (se tem algum tipo de formação em enologia). Entendem seu processo de fabricação, envelhecimento, engarrafamento e consumo, além das características de cada exemplar que provam. Outras simplesmente gostam de consumí-la, independente de saberem suas peculiaridades.

Qualquer pessoa que tenha curiosidade sobre o tema e procure se informar, vai se encontrar com termos que podem ser de difícil entendimento. E, para os leigos, isso pode ser um obstáculo para o entendimento da bebida. A União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA), em seu site, apresenta um dicionário com alguns dos termos mais utilizados neste mundo. Aqui selecionamos alguns deles para que você possa entender melhor as características dos vinhos que consome.




ABRIR - diz-se que o vinho "está abrindo" (ou "abriu") quando está havendo (ou houve) crescimento de suas características (em especial do aroma), com um certo tempo depois da abertura da garrafa.

ACIDEZ - diz-se do conjunto de ácidos que o vinho contém. São os responsáveis pelo bom equilíbrio da bebida.

ADSTRIGENTE - com muito tanino, que produz a sensação de aspereza (semelhante à sentida ao comer-se uma banana verde); o mesmo que ânico ou duro.

AFINADO - vinho que evoluiu corretamente, adquirindo perfeito equilíbrio entre aroma e sabor.

AGRIDOCE - grave doença do vinho, provocada por bactérias láticas que transformam os açúcares residuais em manite, provocando um sabor ao mesmo tempo acre (devido aos ácidos) e doce (pela manite), que lembra a fruta supermadura.

AMADURECIMENTO - processo de evolução dos vinhos submetidos a um estágio em grande recipiente.

AMARGO - com amargor, indica defeito.

AMBIENTAR - tornar o vinho compatível com a temperatura do ambiente onde será servido. O mesmo que "chambrer".

AROMA - odor emanado pelo vinho. O primário é proveniente da uva. O secundário é resultante da vinificação. O terceário origina-se do envelhecimento e é denominado buquê.

AROMA DE BOCA - ver retrogosto.

AROMÁTICO - vinho cujo aroma provém diretamente de castas aromáticas (p. ex.: Sauvignon, Malvasia, Traminer).

ARQUETES OU LÁGRIMAS - efeito provocado nas paredes do copo após agitação. É um fenômeno de tensão superficial. Provocado pela evaporação do álcool; quanto mais amplos menor a presença do álcool.

ASSEMBLAGE - mistura de vinhos diferentes; o mesmo que corte.

BALANCEADO - que apresenta harmonia entre os aspectos gustativos fundamentais, em especial a acidez, a doçura adstringência e o teor alcoólico o mesmo que o equilibrado e harmônico.

BLANC DE BLANCS - vinho branco elaborado exclusivamente com uvas brancas.

BOUQUET - conjunto de sensações olfativas adquiridas pelo vinho no ambiente reduzido da garrafa, englobando também os aromas primários e secundários. Característica dos vinhos envelhecidos.

BRILHANTE - vinho com perfeita transparência e luminosidade. Característica dos brancos jovens.

BRUT - termo que designa o tipo de espumante natural com menor teor de açúcares residuais.

CARÁTER - conjunto de qualidades que dão personalidade própria ao vinho permitindo distinguí-lo de outros.

CHEIO - o mesmo que encorpado.

CORPO - sensação tátil do vinho à bôca, que lhe dá pêso (sensação de "boca cheia") e resulta do seu alto teor de extrato seco

CURTO - que não deixa sabor persistente na boca; de retrogosto curto.

DECANTAR - ato de transferir o vinho da garrafa para uma jarra, com o propósito de separar os sedimentos originários do envelhecimento.

DENSO - vinho que, no aspecto visual, apresenta-se com densidade superior à da água. Característica dos vinhos doces tipo Sauternes.

DURO - vinho rico em acidez fixa e taninos. Característica de tintos jovens.

ELEGANTE - vinho muito equilibrado, fino, de classe.

ENCORPADO - terminologia usada em degustação para indicar um vinho rico em extrato seco (corpo).

EQUILIBRADO - vinho em que todos os componentes estão na proporção correta, principalmente o álcool e os ácidos.

ESTRUTURADO - vinho com boa presença de álcool, ácidos e taninos.

ETÉREO - diz-se do perfume que apresenta característico odor de éteres. Próprio dos vinhos envelhecidos.

EVANESCENTE - no exame dos espumantes, refere-se à espuma que desaparece rapidamente.

FECHADO - jovem, recém-engarrafado, ou recém-aberto e que ainda não demonstra toda a sua potencialidade.

FIM-DE-BOCA - sensações finais, gustativas e olfato-gustativas, percebidas após a deglutição do vinho.

FLORADO OU FLORAL - com aroma de flores.

FRUTADO - diz-se de um vinho com aroma e gosto de frutas frescas. Características dos vinhos jovens.

GENEROSO - forte, com alto teor alcoólico.

HARMÔNICO - vinho que equilibra álcool, acidez e açúcar, deixando na boca uma agradável sensação.

JOVEM - vinho geralmente frutado, pouco tânico com acidez agradável e que não se presta ao envelhecimento (Ex: vinhos brancos em geral, espumantes e a maioria dos vinhos brasileiros); pode também significar vinho recém-fabricado que pode e deve envelhecer.

LEVE - com pouco corpo e pouco álcool, mas equilibrado; o mesmo que ligeiro.

LÍMPIDO - vinho que, no exame visual, apresenta-se totalmente isento de partículas em suspensão.

MACIO - designa o vinho com bom teor de glicerina, justamente alcoólico e com pouca acidez.

MADURO - vinho que, em sua evolução, atingiu um estágio ideal, com pleno desenvolvimento das características organolépticas.

NOVO - do ano em que foi colhido ou com um ano de engarrafamento.

OPACO - turvo; velado; sem limpidez.

ORGANOLÉPTICO(A) - sensorial, que sensibiliza os sentidos. As características organolépticas de um vinho são as suas sensações olfatórias, gustativas e táteis, percebidas durante a sua degustação.

OXIDADO - vinho alterado em suas características visuais, olfativas e gustativas pelo contato com o ar. A cor fica mais escura que o normal e a acidez tem uma queda acentuada, com uma tendência para o madeirizado.

PERFUME - o mesmo que buquê.

PERLAGE - (francês) as bolhas dos espumantes.

RASCANTE - adstringente; tânico.

REDONDO - maduro e equilibrado.

RETROGOSTO - impressão que se tem depois da degustação de um vinho.

ROBUSTO - encorpado, nervoso e, sobretudo, redondo.

ROLHA - diz-se que o vinho tem odor e/ou gosto de rolha quando apresenta aroma desagradável passado por rolha
contaminada pela Armillaria mella (fungo parasita da casca da árvore com a qual é feita a rolha, o sobreiro).

RUBI - tonalidade típica dos vinhos tintos maduros.

SECO - pela legislação brasileira, é o vinho que apresenta um máximo de 5g/l de açúcares residuais.

SEDOSO - o mesmo que aveludado.

TERROSO - com sabor de terra, do solo de onde veio a uva.

TÍPICO - vinho no qual os caracteres de tipicidade são decisivamente marcados.

TRANSPARÊNCIA - característica visual essencial a todos os vinhos de qualidade, tintos ou brancos. Na prática, um vinho é transparente quando permite a visão de um objeto colocado atrás do copo. Não deve ser confundida com limpidez.

TURVO - vinho com limpidez totalmente alterada, com grande quantidade de substâncias coloidais em suspensão.

VERDE - com acidez acentuada, mas agradável e refrescante.

VIGOROSO - saudável, vinho jovem em pleno vigor.

VINDIMA - colheita das uvas.



Fonte: UVB - Dicionário do Vinho
Por Amitiés Gestão e Informação

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Um pouquinho mais de informação sobre a história dos vinhos gregos...


Segundo a História, as vinhas e o vinho apareceram pela primeira vez na Grécia, por volta de 4000 a.C.. Dionísio, filho de Zeus, era o deus da vegetação e do vinho e era adorado com festas e eventos em várias ocasiões. Existem descrições detalhadas de processos de produção de vinho em inscrições que datam de 2500 a.C.. A mais antiga prensa de vinho do mundo foi conservada na ilha de Creta, onde foram encontradas gravetos de parreira em túmulos muito antigos. Na Ilíada, Homero também descreve muitas cidades e regiões da Grécia como produtoras de vinho e elogia as suas tradições na produção desta bebida. 

Na Grécia Antiga, o vinho era servido em copos de várias formas e tamanhos, cada um com um nome diferente. Vasos como as ânforas eram utilizados para servir o vinho no Symposium. As Kratiras eram vasos largos, de excelente qualidade, usadas para armazenar o vinho. Uma das mais magníficas e também das mais bem conservadas, está exposta no Museu Arqueológico de Thessaloniki.

"Os vinhos gregos estão entre os de maior personalidade no mundo e entre os que mais combinam com comida. As melhores castas nativas podem produzir vinhos tão extraordinários e elegantes que não se pode imaginar que a Grécia seja um país quente"  (The Washington Post).

Na Grécia são cultivadas cerca de 250 variedades de uvas em quase todo o continente e ilhas, de norte a sul, de leste a oeste. Os bons vinhos gregos são de excelente qualidade e considerados dos mais fascinantes da atualidade. São elegantes, com muita personalidade e têm encantado os enólogos de todo o mundo. As uvas autóctones conferem uma tipicidade única ao vinho grego, sendo a Agiorgitiko seu melhor exemplo. Os vinhos desta uva plantada principalmente em Neméa, no Peloponeso, têm um esplendoroso bouquet, paladar rico e intenso, semelhante ao Merlot, e aveludado no palato. No norte da Grécia encontram-se muitas áreas de produção de vinho tinto: Naussa, Goumenisa, Amynteo, Siatista e Xalkidiki. Algumas das variedades produzidas na Macedônia são Xynomavro, Mosxomavro e Athiri, produzido nas vinhas do Monte Athos, sendo a Xynomavro muito estruturada e considerada uma das melhores da Grécia. Além disso a Grécia ainda planta as uvas Syrah, Cabernet e Merlot para a elaboração de muitos vinhos tintos. Alguns dos vinhos produzidos nas ilhas Creta, Paros e Rodes são, também, muito consumidos.

O vinho Chateau Julia, da Vinícula Costa Lazaridis, está entre os mais bem avaliados pelos especialistas dentre os vinhos tintos gregos.



Existem vinhos brancos secos muito bons, especialmente os produzidos nas ilhas Kefalonia (Robola), Limnos e Santorini; desta última ilha, alguns vinhos são premiados na Europa e têm um paladar diferenciado por serem produzidos a partir de uvas assyrtico, de toque cítrico e maravilhoso frescor, com muita acidez, além das atiri e aidani, todas cultivadas em solo vulcânico. Outras uvas utilizadas para fabricação de vinhos brancos são a moschofilero, com aroma de rosas e a malagousiá, de sabor muito rico, além das conhecidas sauvignon blanc e chardonnay.

As variações de vinhos brancos da Costa Lazaridis são muito atrativas e indicadas para consumo em lugares quentes como o Brasil.



Fonte: Guia Grécia


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Vinho e Pólo em harmonia

A II Copa Costa Lazaridis de Pólo movimentou o esporte em cenário carioca


Aconteceu nos dias 19, 20 e 26 de outubro, a II Copa Costa Lazaridis de Pólo, patrocinada pela vinícola grega de mesmo nome. Quatro equipes participaram do torneio e a Monte Carlo Pólo garantiu o primeiro lugar no pódio, seguida pela equipe Os Inkas. São Fernando Pólo e Jockey Club Buenos Aires ficaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente.

A grande final, dia 26, ocorreu durante um belo evento, organizado pela VK Trading, importadora de vinhos gregos. A chuva ameaçou, mas o sol foi mais forte e tornou o dia ainda mais bonito e agradável para os 150 privilegiados que estiveram presentes e puderam desfrutar de uma degustação de vinhos, coquetel e assistir aos excelentes jogos. “Foi um evento muito agradável. Temperatura perfeita, duas partidas emocionantes e vinhos deliciosos para refrescar. Como cenário, muito verde, céu azul e amigos por todos os lados. Perfeito!”, relatou a designer Beatriz Lamanna.

A disputa do terceiro lugar foi o primeiro jogo do dia, entre as equipes São Fernando Pólo e JC Buenos Aires. Em uma partida muito amistosa, os dois times se enfrentaram e os jogadores do São Fernando se saíram melhor nesta ocasião. “Participar pelo segundo ano da Copa Lazaridis foi ótimo! Não venci como no ano passado, mas fiquei muito feliz em jogar ao lado do meu pai Abel, do Abrahão e do Vandico, que foram ótimos companheiros. As equipes estavam bem equilibradas e os jogos foram muito disputados. A organização está de parabéns”, contou Gustavo Rocha, 32, jogador de da equipe São Fernando Pólo.

Já a grande final foi disputada entre as equipes Monte Carlo Pólo e Os Inkas. A partida foi emocionante, mas a experiência dos jogadores da Monte Carlo Pólo, que já jogam juntos há muitos anos, contou bastante e fez com que a equipe se sagrasse campeã da Copa. “Para mim, foi muito emocionante ganhar a Copa, pois a final foi muito disputada e com alto nível de adrenalina. O mais importante foi ter jogado contando com a torcida da minha família”, diz Paulo Henrique Ganon, jogador do time vencedor e aniversariante do dia da final. Além disso, estavam no time seu pai, Ronnie Ganon, e seu irmão, Cadu.  “Foi um ótimo presente de aniversário! Não poderia ter uma comemoração melhor do que a que aconteceu, foi muito especial para mim. Meu outro companheiro de time, Thomaz Freire, jogou muito bem e foi fundamental para nossa conquista. Depois da final, ainda ficamos comemorando muito o titulo e o meu aniversário. E claro, não faltou vinho!” finalizou Paulo Henrique.

Durante o evento, foram apresentados os vinhos Amethystos, Chateau Julia e Onenotria, além da nova família Thalassa, produzida exclusivamente para o Brasil e ideal para o consumo em lugares de clima quente, como o nosso país. “Acompanhamos o processo de criação destes vinhos, e participamos inclusive da escolha do nome e do rótulo”, conta Abrahão Salomão, proprietário da VK Trading e também jogador de pólo. 

Assim como na primeira edição, em 2012, também houve o sorteio de uma viagem para a Grécia na festa de premiação, que aconteceu no final do torneio. No roteiro está incluída a estadia em Atenas, visita a Vinícola Domaine Costa Lazaridis e seu museu em Capandriti, e mais um final de semana em Mykonos no Hotel Kivotos. A surpresa ficou por conta da premiação dos integrantes do time ganhador do torneio, o Monte Carlo Pólo, que também ganharam a estadia no belíssimo hotel de Mykonos. “Isso tudo possibilitou que amigos mais queridos pudessem se juntar e confraternizar”, conta Abrahão.

A chegada da Copa, apoiada pela VK Trading e pela Vinícola Costa Lazaridis, está mudando o cenário do esporte no estado do Rio de Janeiro. A ideia é retomar a prática de maneira mais intensa, trazer mais jogadores, equipes e fazer com que o pólo volte a ser um esporte apreciado pelos cariocas. “O campeonato este ano foi sensacional! Todos pareciam bastante animados. Durante o evento, os vinhos fizeram sucesso e, depois, na festa, todos continuaram se divertindo. Ao se despedirem, as pessoas já perguntavam sobre o campeonato no ano que vem”, finaliza o empresário. E podem esperar, pois a 3ª Copa Costa Lazaridis de Pólo certamente vai trazer ainda mais pólo, vinho e diversão para o Rio de Janeiro em 2014!

Confira algumas fotos desse delicioso evento:


























Por Amitiés Gestão e Comunicação

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Oenotria – a terra das vinhas

Dia 28 de agosto estive presente numa degustação de vinho gregos no recém inaugurado deli e bistrô – Café e Cia, que fica na rua Visconde de Pirajá, próxima a Vinícius de Morais em Ipanema, Rio de Janeiro. O espaço é muito confortável, com som ambiente gostoso e convidativo a degustar um café gourmet ou mesmo harmonizar uma taça de vinho sob orientação e excelente serviço da dupla de sommeliers Katia e Kaká. A casa oferece uma seleção de vinhos de 187 ml e 375 ml para fazer par com as excelentes opções de torradinhas e pastinhas, com destaque para a de salmão defumado (uma maravilha!) ou queijos de ovelha da Serra da Mantiqueira, tipo gouda que desmancha na boca. Outra opção são as sardinhas portuguesas, com pimenta ou sem pimenta, quentinhas e servidas na hora com um pãozinho. Um ótimo programa para o fim de tarde / início de noite. Detalhe, toda semana estão realizando degustações por lá.

A palestra seguida de degustação foi promovida pelo sommelier e palestrante Fábio Xavier que nos contou um pouco sobre a história do vinho grego, o que resumidamente tentarei passar ao leitor:
Durante séculos o vinho grego era feito com a adição de resina de pinho misturada ao mosto e em seguida fermentados, tinham cor profunda, eram encorpados (mais do que hoje consideramos encorpado) e rapidamente se tornavam oxidados. São os ancestrais dos Retsina gregos, a única semelhança que guardam é o gosto de pinho. Hoje os melhores Retsina são secos e refrescantes e produzidos com técnicas modernas de vinificação.

Apesar de gosto por estes vinhos oxidados, viscosos e  profundos, foram os gregos e posteriormente os romanos, os primeiros a distinguir entre vinhos especiais e vinhos ordinários, aliás foram os romanos os maiores difusores do vinho gregos. Os vinhos especiais eram feitos de uvas secas ao sol, passificadas, enquanto que os vinhos ordinários eram feitos a partir de uvas colhidas verdes e postas para fermentar imediatamente. Os gregos e romanos também sabiam que um vinho fino só poderia vir de lugares especiais, é daí que vem a ideia original de terroir francês.

O vinho grego passou por momentos difíceis até ser o que conhecemos hoje. Sob o regime de Constantinopla ficou restrito ao consumo local, séculos mais tarde, na 2º Grande Guerra sua produção fica estagnada.

Somente décadas a frente, com a entrada da Grécia na União Européia foi possível que este país modernizasse suas adegas e vinícolas com a ajuda do pai da enologia Émyle Peynauld, que incorpora novas técnicas como tanques de fermentação com controle de temperatura e colheita da uva madura. Só em 1970 que surge o sistema de apelação de origem grego, copiado do modelo francês (AOC). Atualmente, uma pequena quantidade de grandes negociantes tomam conta do negócio do vinho na Grécia e com o tempo surgem inúmeras pequenas vinícolas-boutiques.

Ao todo são 12 regiões específicas para tintos e 8 para brancos que se distribuem nas duas categorias, os DOP (Denominação de Origem Protegida) e os IGP (Indicação Geográfica Protegida).
Nos IGP, vinhos de mesa com indicação geográfica, são permitidas a mistura de uvas da espécie Vitis vinífera ou Vitis em seus cortes ou mesmo a produção de varietais com pelo menos 85% das uvas procedentes da área geográfica indicada no rótulo. São 2 no total, Topikos oinos / Vins de Pays (TO) e Oenoi Onomasias Kata Paradosi / Appellation traditionelle (OKP).

Já os DOP, são vinhos com características exclusivas e particulares da área geográfica em que estão produzidas, 100% das uvas tem que ser Vitis vinífera. Na Grécia são 2 também, Oenoi Onomasias Proelefseos Elenhomeni / Appellation d´Órigine Contrôllé (OPE) e Oenoi Onomasias Proelefseos Anoteras Poiotitas / Appellation d´Órigine de Qualité Supérieure (OPAP).

Todos os vinhos degustados são do produtor Domaine Costa Lazaridi, pertencentes a denominação IGP Drama, localizada ao norte da Grécia. A vinícola de cerca de 200 hectares foi  fundada em 1992, nomeada como” Chateau Julia “em homenagem a esposa do proprietário. O artista local, Yianni Nanos, criou as pinturas que enfeitam a propriedade e os rótulos de seus vinhos e destilados. Foram pintados 30 quadros ao todo, eis aqui uma pequena amostra:


Amethystos White 2011 – Sauvignon Blanc / Semillon / Asyrtikos
Cor amarelo palha com reflexos verdeais, escorregadio. Aromas de limão, maça verde, abacaxi, flores brancas como jasmim e leve fundinho de mel. Na boca tem ótima acidez, novamente, maça verde, limão e final mineral. O álcool é médio e a persistência de boca também mediano. Preço: R$79,00

Château Julia 2011 - Chardonnay
Amarelo palha com borda transparente, com lágrimas. Aromas de fruta branca de caroço como pêssego e tb abacaxi em compota. A fruta é bem mais madura. Toque floral de Dama da Noite com média intensidade olfativa. Na boca tem toques cítricos como tangerina, amanteigado da barrica, mas não exagerado, acidez média para mais e as mesmas frutas na boca com destaque para o pêssego. Álcool de 13%. Preço: R$119,00

Amethystos Red 2009 – Cabernet Sauvignon / Merlot / Agiorgitiko
Rubi de média intensidade com reflexos transparentes e com lágrimas na taça. No nariz tem fruta vermelha, ameixa e morango, canela, toque herbal e medicinal (característicos dos vinhos gregos) , leve baunilha, taninos bem presentes (acima da média) e amargor no final. Alcool médio para mais, um tanto desequilibrado. Preço: R$99,00

Château Julia 2009 - Merlot
Rubi intenso sem reflexos, com lágrimas que descem lentamente. Nariz: menta, herbal, ameixa, bastante frescor, anis e pimenta do reino. Na boca tive a sensação de que algo estava faltando, a entrada era apimentada, ligeiramente menos tânico que o primeiro tinto degustado e na taça a fruta foi embora permanecendo só o tostado da barrica. Descida muito quente com persistência de boca média. Faltou corpo para aguentar o álcool (15%) e acidez ligeiramente baixa. Passa por barrica por 1 não e a sugestão de guarda é de 10 anos. Particularmente, não acredito que dure tanto tempo. Para um Merlot achei um tanto alcoólico. Preço: R$99,00

Oenotria Land 2007 – Cabernet Sauvignon / Agiorgitiko
Este vinho já passa 2 anos de barrica de carvalho e mais 1 ano em garrafa. De cor rubi profundo com reflexos de mesma cor apresenta lágrimas que descem lentamente sobre a parede da taça. No nariz licor de cassis, ameixa em compota, mirtilos, mentolado, pimenta preta, alecrim e tomilho. Acidez média-alta, álcool médio-alto e taninos médios-alto, conclusão de que o vinho é equilibrado. Me agradou mais. Preço: R$186,00

Por Rafael Ortiz - jornalista, trabalha nos segmentos on e off-trade, como consultor e promotor de eventos relacionados a vinhos. Este ano concluiu WSET Nível 3 – Avançado em Vinhos, Licores e Destilados da Wine & Spirits Education Trust.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Agrada Gregos e Cariocas

Maior feira de vinhos da América Latina, a Expovinis, acontece todos os anos no mês de abril. A divisão por países participantes é, todo ano, basicamente a mesma: 60% são expositores sul-americanos. 39,9% são de tradicionais produtores do Velho Mundo, como Portugal, Itália, Espanha e França. A conta fica redonda com a presença de O, 1% de vinhos produzidos em lugares, digamos, exóticos.

Para ganhar o titulo de exótico e começar a ser comentado, tipo fofoquinha, na feira inteira, o vinho precisa ter uma (ou todas!) das seguintes características: distância em relação ao Brasil; assemblage inédita; nome impronunciável; rótulo espalhafatoso e/ou uva desconhecida. Quanto ao tipo de garrafa, nada se comenta, pois, desde o traumático vinho da garrafa azul, ficou démodé colocar esse tema no corredor.

Em abril deste ano, os vinhos da fofoca e, naturalmente, estrelas da feira estavam expostos em dois estandes: da Rússia e da Grécia. Obviamente, os vinhos gregos a atuais não têm qualquer traço que possa ser comparado com os vinhos que Homero, Platão, Aristóteles e Hipócrates bebiam nos banquetes que deram inicio à filosofia ocidental. E, menos ainda, com o detestável retsina - vinho com resina de pinheiro que, no século XIII a.C., era pingada na bebida com o objetivo de conservá-la e que, para um bom número de gregos, representa a cultura vitivinícola do pais.

O grande salto para a era moderna foi dado por volta de 1980, quando a Grécia entrou para a então Comunidade Econômica Europeia e, finalmente, a regulamentação do vinho grego feita pelo Ministério da Agricultura, em 1971, pôde ser Implementada.

Isso quer dizer que, com a entrada do dinheiro da CEE, os pequenos produtores (a posse de terra na Grécia é quase tão fragmentada quanto na Borgonha) puderam investir em equipamento moderno e diminuir substancialmente o rendimento por pé de suas mais de 300 variedades de uvas nativas. Os nomes, aliás, assustam no primeiro momento, mas são fáceis dese pronunciar, basta ler conforme se escreve: stravoto, kotsifali, aglorgitiko, mavrodaphne são alguns deles para tintos, e robola, roditis, savatiano e assyrtiko são uvas para brancos.

Ligado na tendência, o pessoal da importadora Pasta Itália (3888-2848) encomendou algumas caixas de vinhos da Vinícola Domaine Costa Lazaridi. 

O mix acaba de desembarcar e chega durante o melhor inverno carioca. São duas linhas Amethystos - cujo nome faz referência à lenda grega que diz que quem bebe com uma pedra de ametista no fundo do copo não fica bêbado. Provei o tinto e provaria outras tantas vezes, mesmo sem ter uma ametista. O vinho é agradável, fácil de se bebericar com um pedacinho de queijo de meia cura ou com uma comidinha despretensiosa, destas que a gente faz usando uma panela só.

A linha Chateau Julia, além do nome familiar, se apresenta com um exuberante tinto feito com elegante uva merlot, que, quando bem tratada, gera vinhos sofisticados, como é o caso aqui. Com boa concentração, pede uns 20 minutos no decânter antes de se servir e pode acompanhar uma enorme gama de pratos à base de carnes, desde os cortes tradicionais até as de caça.

Para não cometer injustiça entre brancos e tintos, deixei os brancos para provar no verão, que neste momento me dá saudades.

Sobre os russos, escrevo quando chegarem por aqui, combinado?

Até sexta-feira.
  

Por Deise Novakoski – sommelière e colunista do jornal “O Globo”

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Vinícola Costa Lazaridi chega ao Brasil com excelentes vinhos para acompanhar pratos de inverno

Diferenciais dos vinhos gregos surpreendem em harmonização na aula de culinária da chef Bianca Berenger

Embora o vinho seja apreciado em qualquer época do ano, há quem diga que o inverno é o melhor período para degustá-lo. Se ele for acompanhado ainda por deliciosos pratos, melhor! A harmonização se torna perfeita para qualquer almoço ou jantar, seja qual for a ocasião.

Pensando nisso, o enólogo da vinícola Costa Lazaridi, George Koloventzos, esteve no Brasil no início de julho, apresentando oficialmente os vinhos gregos que já são vendidos no nosso país com sucesso, e dando dicas de harmonização em todos os eventos que participou.

O enólogo participou, inclusive, de uma aula de culinária da renomada chef Bianca Berenguer*, no Rio de Janeiro. Juntos, eles ensinaram os alunos a degustarem os vinhos gregos e harmonizarem os pratos preparados com alguns dos rótulos.

A aula foi um sucesso e os alunos saíram muito satisfeitos, com ótimas ideias para este inverno!

“Eu não conhecia os vinhos gregos e nem sabia de nenhuma tradição de vinhos na Grécia. Fiquei encantada com o Amethystos Sauvignon Blanc, meu predileto, supersaboroso e frutado. O Oenotria também é muito bom, só não podemos esquecer de decantá-lo pelo menos uma hora”, disse a chef Bianca.

Para que todos possam aproveitar as preciosas dicas do enólogo e da chef, Bianca Berenguer conta abaixo quais foram os pratos harmonizados com os vinhos gregos:

- Ravioli de Cordeiro ao Sugo – Chateau Julia Merlot, que é um vinho suave, porém bem encorpado, e combina com carnes vermelhas, inclusive de sabor mais forte como o cordeiro.

- Tagliatelle de Brie com Crisps de Parma – Chateau Julia Chardonnay, escolhemos esse mais pelo molho de brie do que pelo crips. É um vinho branco leve, menos ácido e cai bem com molhos brancos, carnes brancas leves e sopas.

- Risoto de Camarão com Limão Siciliano – Amethystos Blanc, que é um vinho muito fresco, porém, mais ácido e que cai muito bem com frutos do mar e, inclusive, com o limão siciliano - já que você sente bastante no vinho os cítricos.

- Risoto de Parmesão Trufado – Amethystos Sauvignon Blanc, que é meu predileto, combinei com uma das coisas que mais gosto: trufas! Como ele tem um paladar de manteiga também e um pouco defumado, achei perfeito pra harmonizar com o parmesão e o sabor forte das trufas.

* Bianca Berenguer é chefe de cozinha desde 2010. Economista e Especialista de Recursos Humanos, resolveu abandonar o mundo corporativo para se dedicar à sua paixão: gastronomia. Assim, uniu a experiência de RH com o dom da culinária para conseguir ensinar as pessoas de forma simples e divertida a perderem o medo do fogão! Comanda cursos de culinária na zona sul do Rio, Bianca Berenguer – Cozinha Especial.

Serviço:

VK Trading Importadora
Endereço: Av. Franklin Roosevelt, 194/902
Telefone: 2221-9698

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Como surgiu o costume de brindar?


Diversas histórias tentam explicar este ato que se tornou tradicional em todos os cantos do mundo.

Umas das justificativas mais conhecidas diz que o ato de brindar teve sua origem no século IV a.C., porém, de maneira bem diferente da atual. Na Roma antiga, os monarcas e nobres - quando desejavam assassinar alguém - envenenavam suas taças. Então, durante os banquetes, anfitriões e convidados chocavam fortemente suas taças, o que fazia que o líquido de uma passasse para a outra. Essa era a melhor maneira de transmitir segurança aos convidados, pois as duas partes que faziam o brinde beberiam do mesmo líquido e saberiam que ele não estava envenenado.

Outra teoria afirma que na Roma antiga se dizia que do vinho desfrutavam todos os sentidos, menos a audição. Com o tilintar das taças, esse sentido também participava do gozo da bebida.

De uma maneira ou de outra, o que se sabe é que este é um ato muito popular nos dias de hoje. Representa felicidade, união e está presente na maioria das comemorações importantes!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pesquisa aponta que brasileiros estão bebendo mais vinho e cerveja


Os gastos dos brasileiros com bebidas fermentadas, entre elas o vinho, devem atingir R$ 6,10 bilhões neste ano, de acordo com a Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência. O consumo desses produtos será 10% maior em relação a 2012.

A região Sudeste é responsável por metade do consumo de bebidas fermentadas no país (R$ 3,07 bilhões), seguida pelas regiões Sul (19% ou R$ 1,15 bilhão) e Nordeste (16% ou R$ 975 milhões). Apesar do maior consumo no Sudeste, a região Sul é a que apresenta o maior gasto por habitante, de R$ 49,01, enquanto no Centro-Oeste o valor é de R$ 43,63 por pessoa e no Sudeste, de R$ 40,43.

O potencial refere-se apenas ao consumo domiciliar, ou seja, às compras de pessoa física junto a varejistas do ramo e inclui vinho, cerveja e champanhe.



Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Restaurante promove Festival de Lagostas com acompanhamento de vinhos gregos

Durante todo o mês de junho, o Restaurante Don Camillo, que sempre oferece aos seus clientes todo o requinte e as especialidades gastronômicas do mediterrâneo, realiza seu Festival de Lagostas. Para garantir ainda mais sabor ao cardápio, os pratos são acompanhados por deliciosos vinhos gregos da Vinícola Costa Lazaridi. Muita gente tem provado e apreciado essa deliciosa combinação mediterrânea. Vale a pena conferir! O restaurante fica na Av. Atlântica, 3.056, Copacabana – Rio de Janeiro.