quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Agrada Gregos e Cariocas

Maior feira de vinhos da América Latina, a Expovinis, acontece todos os anos no mês de abril. A divisão por países participantes é, todo ano, basicamente a mesma: 60% são expositores sul-americanos. 39,9% são de tradicionais produtores do Velho Mundo, como Portugal, Itália, Espanha e França. A conta fica redonda com a presença de O, 1% de vinhos produzidos em lugares, digamos, exóticos.

Para ganhar o titulo de exótico e começar a ser comentado, tipo fofoquinha, na feira inteira, o vinho precisa ter uma (ou todas!) das seguintes características: distância em relação ao Brasil; assemblage inédita; nome impronunciável; rótulo espalhafatoso e/ou uva desconhecida. Quanto ao tipo de garrafa, nada se comenta, pois, desde o traumático vinho da garrafa azul, ficou démodé colocar esse tema no corredor.

Em abril deste ano, os vinhos da fofoca e, naturalmente, estrelas da feira estavam expostos em dois estandes: da Rússia e da Grécia. Obviamente, os vinhos gregos a atuais não têm qualquer traço que possa ser comparado com os vinhos que Homero, Platão, Aristóteles e Hipócrates bebiam nos banquetes que deram inicio à filosofia ocidental. E, menos ainda, com o detestável retsina - vinho com resina de pinheiro que, no século XIII a.C., era pingada na bebida com o objetivo de conservá-la e que, para um bom número de gregos, representa a cultura vitivinícola do pais.

O grande salto para a era moderna foi dado por volta de 1980, quando a Grécia entrou para a então Comunidade Econômica Europeia e, finalmente, a regulamentação do vinho grego feita pelo Ministério da Agricultura, em 1971, pôde ser Implementada.

Isso quer dizer que, com a entrada do dinheiro da CEE, os pequenos produtores (a posse de terra na Grécia é quase tão fragmentada quanto na Borgonha) puderam investir em equipamento moderno e diminuir substancialmente o rendimento por pé de suas mais de 300 variedades de uvas nativas. Os nomes, aliás, assustam no primeiro momento, mas são fáceis dese pronunciar, basta ler conforme se escreve: stravoto, kotsifali, aglorgitiko, mavrodaphne são alguns deles para tintos, e robola, roditis, savatiano e assyrtiko são uvas para brancos.

Ligado na tendência, o pessoal da importadora Pasta Itália (3888-2848) encomendou algumas caixas de vinhos da Vinícola Domaine Costa Lazaridi. 

O mix acaba de desembarcar e chega durante o melhor inverno carioca. São duas linhas Amethystos - cujo nome faz referência à lenda grega que diz que quem bebe com uma pedra de ametista no fundo do copo não fica bêbado. Provei o tinto e provaria outras tantas vezes, mesmo sem ter uma ametista. O vinho é agradável, fácil de se bebericar com um pedacinho de queijo de meia cura ou com uma comidinha despretensiosa, destas que a gente faz usando uma panela só.

A linha Chateau Julia, além do nome familiar, se apresenta com um exuberante tinto feito com elegante uva merlot, que, quando bem tratada, gera vinhos sofisticados, como é o caso aqui. Com boa concentração, pede uns 20 minutos no decânter antes de se servir e pode acompanhar uma enorme gama de pratos à base de carnes, desde os cortes tradicionais até as de caça.

Para não cometer injustiça entre brancos e tintos, deixei os brancos para provar no verão, que neste momento me dá saudades.

Sobre os russos, escrevo quando chegarem por aqui, combinado?

Até sexta-feira.
  

Por Deise Novakoski – sommelière e colunista do jornal “O Globo”

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Vinícola Costa Lazaridi chega ao Brasil com excelentes vinhos para acompanhar pratos de inverno

Diferenciais dos vinhos gregos surpreendem em harmonização na aula de culinária da chef Bianca Berenger

Embora o vinho seja apreciado em qualquer época do ano, há quem diga que o inverno é o melhor período para degustá-lo. Se ele for acompanhado ainda por deliciosos pratos, melhor! A harmonização se torna perfeita para qualquer almoço ou jantar, seja qual for a ocasião.

Pensando nisso, o enólogo da vinícola Costa Lazaridi, George Koloventzos, esteve no Brasil no início de julho, apresentando oficialmente os vinhos gregos que já são vendidos no nosso país com sucesso, e dando dicas de harmonização em todos os eventos que participou.

O enólogo participou, inclusive, de uma aula de culinária da renomada chef Bianca Berenguer*, no Rio de Janeiro. Juntos, eles ensinaram os alunos a degustarem os vinhos gregos e harmonizarem os pratos preparados com alguns dos rótulos.

A aula foi um sucesso e os alunos saíram muito satisfeitos, com ótimas ideias para este inverno!

“Eu não conhecia os vinhos gregos e nem sabia de nenhuma tradição de vinhos na Grécia. Fiquei encantada com o Amethystos Sauvignon Blanc, meu predileto, supersaboroso e frutado. O Oenotria também é muito bom, só não podemos esquecer de decantá-lo pelo menos uma hora”, disse a chef Bianca.

Para que todos possam aproveitar as preciosas dicas do enólogo e da chef, Bianca Berenguer conta abaixo quais foram os pratos harmonizados com os vinhos gregos:

- Ravioli de Cordeiro ao Sugo – Chateau Julia Merlot, que é um vinho suave, porém bem encorpado, e combina com carnes vermelhas, inclusive de sabor mais forte como o cordeiro.

- Tagliatelle de Brie com Crisps de Parma – Chateau Julia Chardonnay, escolhemos esse mais pelo molho de brie do que pelo crips. É um vinho branco leve, menos ácido e cai bem com molhos brancos, carnes brancas leves e sopas.

- Risoto de Camarão com Limão Siciliano – Amethystos Blanc, que é um vinho muito fresco, porém, mais ácido e que cai muito bem com frutos do mar e, inclusive, com o limão siciliano - já que você sente bastante no vinho os cítricos.

- Risoto de Parmesão Trufado – Amethystos Sauvignon Blanc, que é meu predileto, combinei com uma das coisas que mais gosto: trufas! Como ele tem um paladar de manteiga também e um pouco defumado, achei perfeito pra harmonizar com o parmesão e o sabor forte das trufas.

* Bianca Berenguer é chefe de cozinha desde 2010. Economista e Especialista de Recursos Humanos, resolveu abandonar o mundo corporativo para se dedicar à sua paixão: gastronomia. Assim, uniu a experiência de RH com o dom da culinária para conseguir ensinar as pessoas de forma simples e divertida a perderem o medo do fogão! Comanda cursos de culinária na zona sul do Rio, Bianca Berenguer – Cozinha Especial.

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